Saudações arquivísticas!
Divulgando. O preço está ótimo, principalmente para nós, estudantes!
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Lançamento da pucablição Arquivo Nacional 1808-2012
A que época remonta o desejo de guardar a memória das práticas
políticas e das relações econômicas e sociais? Como o Estado moderno
centralizou os arquivos governamentais? Em que contexto foi criado, no
Brasil, um arquivo para guardar e conservar os documentos que pudessem
interessar à "história do país e à administração em seus diferentes
ramos?"
Essas são algumas das questões contempladas no livro
"Arquivo Nacional: 1808-2012", que aborda a trajetória do Arquivo
Nacional desde a década de 1830 até os dias atuais.
Em suas páginas o
leitor encontrará a história da mais relevante instituição arquivística
do país. De guardião de documentos das secretarias de Estado, no
Império, a órgão central do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo
(SIGA), da administração pública federal , são 174 anos nos quais o
Arquivo Nacional ocupou diversas sedes, da rua da Guarda Velha, hoje
Treze de Maio, à Praça da República, onde está instalado, desde 2004, no
conjunto arquitetônico criado para abrigar a Casa da Moeda.
Nessa
longa trajetória alguns momentos merecem destaque como a gestão de
Joaquim Pires Machado Portela, de 1873 a 1898. No século XX distingue-se
o historiador José Honório Rodrigues que, logo no início da sua
administração (1958-1963), instaurou um elemento crítico na história do
Arquivo Nacional ao publicar um diagnóstico no qual assinalava a
necessidade de modernizá-lo. Também merece destaque a gestão de Raul
Lima (1969-1980), que filiou a instituição ao Conselho Internacional de
Arquivos e à Associação Latino-Americana de Arquivos, ciente da
relevância da articulação com esses organismos internacionais. Lima
criou ainda o Mensário do Arquivo Nacional que, por dez anos, foi um
importante instrumento de difusão de atividades técnicas e
administrativas.
A ideia de modernização do Arquivo Nacional, tão
cara a José Honório e a Raul Lima, seria retomada nos anos 1980, quando
Celina Vargas do Amaral Peixoto assume a direção da Casa. Já alçada a
órgão autônomo da estrutura direta do Ministério da Justiça, a
instituição é transferida da Praça da República, nº 26, para o edifício
anexo ao conjunto arquitetônico que, por tantos anos, abrigara a Casa da
Moeda. Ainda na gestão de Celina ocorreram a fundação da Associação
Cultural do Arquivo Nacional (ACAN) e a criação da revista Acervo, em
1986. Vale salientar que, na sua administração, foram lançadas as
sementes para o papel que o Arquivo Nacional assumiria na década
seguinte.
Nos últimos vinte anos fica evidenciado o processo de
modernização do Arquivo Nacional e a sua capacidade de se articular
junto à administração pública, aos órgãos de fomento e a organismos como
a Unesco. Graças a isso, foi possível restaurar e equipar o conjunto
arquitetônico tombado, promover eventos de difusão - além das
exposições, o Recine, Festival Internacional de Cinema de Arquivo -, a
edição de livros, revistas e sítios eletrônicos, realizar o concurso de
monografias Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa, capacitar os servidores
e prestar assistência técnica no país e no exterior, entre tantas
outras iniciativas. Também cabe registrar a reestruturação da unidade
regional no Distrito Federal, a criação do Conselho Nacional de Arquivos
(Conarq) e a integração da instituição aos organismos internacionais na
área de arquivos.
Mais recentemente, o Arquivo Nacional vem, a
partir do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo da Administração
Pública Federal (SIGA), no qual atua como órgão central, coordenando,
controlando, orientando e operando de maneira orgânica na gestão desses
documentos .
Merece registro especial o empenho da instituição no
recolhimento, guarda e acesso aos documentos produzidos pelos órgãos da
administração federal no período do regime militar, notadamente aqueles
provenientes das extintas unidades de segurança e informações
integrantes do Sistema Nacional de Informações e Contrainformação
(SISNI).
O livro "Arquivo Nacional: 1808-2012" tem 64 páginas, custo
de R$15,00, e pode ser adquirido na sede da Instituição ou pelo endereço
eletrônico:
vendasdepublicacoes@arquivonacional.gov.br